domingo, 11 de outubro de 2009

o mar requebra
e a brisa leve
onda
o frio arrepia a pele nua
que despida
crua
a chuva chove
emsimesmada
em poças
não sobrou nada!
a chuva me la-vou
e eu fui indo
no silencio da noite
a chuva leve
m-edita
num facho de luz
a poeira fina
levita
no silencio da noite
a agua da torneira
batuca na panela
pingos de chuva
universo estrelado
no vidro da minha janela
o vento tece
a dança sexy
da minha saia
jogando o lixo fora
em sacos cheios
de garrafas, cinzas e histórias
um cão solitario late
e outro, de outro lado, responde
preenchedo o silencio infinito de uma tarde de domingo
as folhas verdes brilham
e brincam de luz e sombra
na tela da minha janela
as folhas cantam
no embalo do vento
sinfonia no meu jardim
cães latem ao longe
passaros cantam na minha janela
musica do meu quintal