sexta-feira, 16 de outubro de 2009

toda alma
presa a uma espera
padece na anacronia
a espera é um punhal
que atravessa o peito
em câmera lenta
toda espera
é uma forma temporaria
de auto aniquilamento
a espera
é tão venenosa e inutil
quanto a dor que gera

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

vendaval
as folhas bailarinam
no quintal

domingo, 11 de outubro de 2009

o mar requebra
e a brisa leve
onda
o frio arrepia a pele nua
que despida
crua
a chuva chove
emsimesmada
em poças
não sobrou nada!
a chuva me la-vou
e eu fui indo
no silencio da noite
a chuva leve
m-edita
num facho de luz
a poeira fina
levita
no silencio da noite
a agua da torneira
batuca na panela
pingos de chuva
universo estrelado
no vidro da minha janela
o vento tece
a dança sexy
da minha saia
jogando o lixo fora
em sacos cheios
de garrafas, cinzas e histórias
um cão solitario late
e outro, de outro lado, responde
preenchedo o silencio infinito de uma tarde de domingo
as folhas verdes brilham
e brincam de luz e sombra
na tela da minha janela
as folhas cantam
no embalo do vento
sinfonia no meu jardim
cães latem ao longe
passaros cantam na minha janela
musica do meu quintal

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

one ice cream
in nice dream
sorve-terias

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Na fiesta azul / Velvet te ver / Blues e tu (P...)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perto da minha janela
Duas flores tagaleras
A azul quer amar-ela
A ansiedade vestiu-se de culpa pra ir na festa a fantasia da punição

domingo, 4 de outubro de 2009

Enfim deixando pergunta fatal ser feita: onde estamos?
Mais dificil que "não pensar" é ver as coisas como elas são......