A dor é proporcional ao tamanho do ego.......

eu sou meio assim
vento sul
soprando....

eu
me
confundo
com o mundo

toda alma
presa a uma espera
padece na anacronia

a espera é um punhal
que atravessa o peito
em câmera lenta

toda espera
é uma forma temporaria
de auto aniquilamento

a espera
é tão venenosa e inutil
quanto a dor que gera

vendaval
as folhas bailarinam
no quintal

o mar requebra
e a brisa leve
onda

o frio arrepia a pele nua
que despida
crua

a chuva chove
emsimesmada
em poças

não sobrou nada!
a chuva me la-vou
e eu fui indo

no silencio da noite
a chuva leve
m-edita

num facho de luz
a poeira fina
levita

no silencio da noite
a agua da torneira
batuca na panela

pingos de chuva
universo estrelado
no vidro da minha janela

o vento tece
a dança sexy
da minha saia

jogando o lixo fora
em sacos cheios
de garrafas, cinzas e histórias

um cão solitario late
e outro, de outro lado, responde
preenchedo o silencio infinito de uma tarde de domingo

as folhas verdes brilham
e brincam de luz e sombra
na tela da minha janela

as folhas cantam
no embalo do vento
sinfonia no meu jardim

cães latem ao longe
passaros cantam na minha janela
musica do meu quintal

one ice cream
in nice dream
sorve-terias

Na fiesta azul / Velvet te ver / Blues e tu (P...)

Perto da minha janela
Duas flores tagaleras
A azul quer amar-ela

A ansiedade vestiu-se de culpa pra ir na festa a fantasia da punição

Enfim deixando pergunta fatal ser feita: onde estamos?

Mais dificil que "não pensar" é ver as coisas como elas são......

liso mamão
doce textura
semen-te

me implode
um sabor
saliva

ainda ouço
a cor
da fumaça

eu bebo
e absinto
voce

a
dor
me
sendo.....

a noite
esclarece
o dia

a espera é o lugar
ON-de a vida
OFF-usca

não gemas
se as noites são
claras

cansado de soprar
o vento deita-se sobre a terra
e brisa

uma bruxa me disse
que a-dor-mecer em verdes campos
é sinal de feli-cidade proxima

os sonhos recortam as noites
tecem nas madrugadas
pra vestir os dias

Se a satisfação do desejo
não garante a infinitude do deleite
é por que ha muito a ser encontrado no presente

das vir-ilhas
de ru-elas cur-vas
não voltas

a vida solta
mas em cada esquina
sur-preende

a liberdade
deve ser sempre protegida
pelo exercito das sur-presas

neste nosso carnaval
eu juro que eu tiro essa mas-cara
visto uma fantasia e te dis-cubro

se-mentes
ambiguas
e obs-curas

teu sonho
so-mente
m-edita

nossa bocas trans-bordam
e no tecido da correnteza
des-em-bocam

tua boca
na minha boca
biflora

surpresa
a refeição principal
nem serviu de sobremesa

todo encanto cego desencanta
na cena de um olhar
que diverge

A expectativa é a amiga burra do desejo!!!!!!

quando apareceu
parecia que estava
sempre ali

Viver é impermane-Ser!

o corpo pede
e a vida barra
sem chocolate

o dia cinza molhado
de noite meu coração
sorvete sem sabor

Uma dor
no meu peito
dor-me

Penso, logo não estou presente!

Beijo frio!
Uma imagem esquecida refletida no fundo de um espelho
espia em segundo plano.