sábado, 28 de julho de 2007

tarde nua
todas as noites, de manhã
ainda são tuas
a vida é curta
e o destino é um inseto barulhento
que me morde nas noites quentes
lágrima
sal liquido
que tempera
teus pelos
me atravessam
pelo avesso
nesse vai e vem
uns vão
outros divagam
saliva com saliva
nenhuma lingua
aqui mais é minha
O verbo esperar
conjuga
nossa dis-junção

terça-feira, 24 de julho de 2007

A aranha arranha
os rastros na areia
destruindo nossas teias

domingo, 22 de julho de 2007

Caiu a luz...caiu você...
e eu fiquei só
escalando as chamas das velas acesas

terça-feira, 10 de julho de 2007

poeira na casa velha
entre-tantos esquecidos
en-cantos
balet colorido
destemido
gira sol
a flor rebela-se
contra o vento
girando só

quinta-feira, 5 de julho de 2007

o sol
desenhou um raio de luz
pela pequena fresta
pequenos anjos
movem-se tranquilos sobre a poeira invisivel
dos raios de sol da tarde
a delicadeza viva da pequena planta
escorre pelo caule
quebrado
meus dedos exploram
cada curva interminavel
da tua alma
de bruços sobre a linha do horizonte
a lua depois de meditar
levanta e voa

quarta-feira, 4 de julho de 2007

um corpo bailarino
de musculo dourado
sapatilha sobre mim

terça-feira, 3 de julho de 2007

pensamentos nadam
enquanto
sentimentos afundam

segunda-feira, 2 de julho de 2007

na terra da lucidez
toda flor do odio
folha
da fechadura da porta da lua
um raio de sol
me espia
no barco vazio
flu-tua
presença

domingo, 1 de julho de 2007

gaivota pendurada
no ceu
em movimento